Categoria: Inteligência Artificial

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  • Intel instala sistema de proteção a ursos em risco de extinção baseado em Core Ultra 200V

    Intel instala sistema de proteção a ursos em risco de extinção baseado em Core Ultra 200V

    A Intel, em parceria com a Universidade de L’Aquila e a associação Salviamo L’Orso (“Salvemos o urso”), implementou um programa de proteção da vida selvagem baseado em inteligência artificial no Parque Nacional de Abruzzo, Lácio e Molise.

    O parque é situado nos Montes Apeninos, na Itália. Entre seus ilustres habitantes está o urso-pardo-marsicano, uma subespécie do urso-pardo-eurasiano que está em risco de extinção.

    Notícias Relacionadas:

    Sistema WADAS

    O sistema Wild Animals Detection and Alert System (WADAS) combina os processadores Intel Core Ultra série 200V com o kit de ferramentas OpenVINO e câmeras externas Reolink. Ele oferece uma solução escalável e econômica que opera sem a necessidade de GPUs dedicadas ou infraestrutura em nuvem.

    Além disso, o sistema pode ser facilmente implantado em áreas rurais. As unidades de processamento neural (NPU) desses processadores realizam a detecção de objetos (como animais, veículos e pessoas), enquanto as GPUs integradas se encarregam da classificação (como urso, cervo ou lobo).

    A partir das informações quase em tempo real, o WADAS alerta autoridades e guardas florestais quando necessário. O sistema também pode ativar atuadores inteligentes, como sinais de trânsito iluminados para evitar acidentes fatais e alimentadores automáticos para promover a convivência harmônica em áreas povoadas.

    Sobre o Parque Nacional Abruzzo, Lácio e Molise

    Créditos: Salviamo L’Orso.

    O Parque Nacional Abruzzo, Lácio e Molise trabalha com a conservação da biodiversidade e a coexistência entre humanos e animais como prioridades. Ele representa uma das áreas naturais protegidas mais antigas da Itália, onde espécies selvagens ameaçadas de extinção coexistem com comunidades locais.

    Com a iniciativa de IA, o objetivo é melhorar a segurança da coexistência humana e animal usando sensores, dados e atuadores em tempo real. O objetivo é proteger os ursos ameaçados ao mesmo tempo em que se garante a segurança das pessoas.

    Situação da Intel

    Créditos: Intel.

    A iniciativa é mais que uma mera ação social da Intel, sendo também uma forma de a empresa divulgar a própria tecnologia de IA. E, considerando que, recentemente, as ações da empresa atingirem o nível mais baixo nos últimos 16 anos, ela precisa.

    A situação crítica da Intel não é de hoje, tendo se agravado com as tarifas de importação anunciadas pelo governo Trump. Em março deste ano, os processadores Ryzen venderam três vezes mais do que seus concorrentes da Intel, com a AMD conquistando uma renda cinco vezes maior do que a concorrente.

    Faz pouco tempo que o novo CEO da Intel, Lip-Bu Tan, assumiu. O mercado reagiu positivamente a sua entrada e ele prometeu que irá consertar “o que há de errado” com a empresa.

    Ainda há esperanças para a Intel, considerando que, em fevereiro, antes da entrada do novo CEO, a Intel registrou o segundo maior crescimento em 2025 após prometer chips de IA feitos nos EUA. Porém, a empresa ainda está numa situação séria.

    Fonte: Intel.

  • Intel vende participação majoritária na Altera para Silver Lake e anuncia novo CEO

    Intel vende participação majoritária na Altera para Silver Lake e anuncia novo CEO

    A Intel anunciou hoje a venda de 51% de sua divisão Altera para a Silver Lake, uma das maiores investidoras globais em tecnologia. A transação avalia a Altera em US$ 8,75 bilhões e marca o início de sua atuação como empresa independente, com foco exclusivo no mercado de FPGAs (circuitos integrados de lógica programável).

    A Intel continuará com 49% de participação no negócio, mantendo vínculo estratégico com a nova Altera, que agora se posiciona como a maior fornecedora independente de soluções baseadas em FPGA no mundo.

    Raghib Hussain será o novo CEO da Altera

    Junto com a reestruturação acionária, a Altera passará por uma renovação na liderança. Raghib Hussain, veterano do setor de semicondutores, assumirá a presidência executiva da empresa a partir de 5 de maio de 2025. Ele substituirá Sandra Rivera, que encerra uma trajetória de 25 anos na Intel.

    Reprodução/Marvell

    Hussain tem um histórico consolidado de sucesso: foi presidente de Produtos e Tecnologias da Marvell e cofundador da Cavium, onde também ocupou o cargo de COO. Sua experiência técnica começou em empresas como Cisco, Cadence e VPNet, esta última também fundada por ele.

    Foco total no crescimento da Altera em setores estratégicos

    Com independência operacional e apoio financeiro da Silver Lake, a Altera buscará expandir sua presença em segmentos como computação de borda, inteligência artificial e robótica — áreas consideradas cruciais para o futuro da computação programável.

    Este é um momento único para investir em uma empresa com escala e liderança em semicondutores avançados. Vamos trabalhar junto com Raghib para fortalecer o protagonismo tecnológico da Altera

    Kenneth Hao, presidente da Silver Lake

    A Silver Lake acredita que a nova fase da Altera permitirá avanços significativos na aplicação de FPGAs em setores como industrial, aeroespacial, telecomunicações e centros de dados, além de ampliar seu alcance em mercados emergentes.

    Resultados financeiros e expectativas de mercado

    Em 2024, a Altera registrou receita de US$ 1,54 bilhão. Os números ajustados (non-GAAP) mostram um lucro operacional de US$ 35 milhões, apesar de um prejuízo de US$ 615 milhões conforme os padrões contábeis GAAP.

    A margem bruta non-GAAP foi de US$ 769 milhões, evidenciando a eficiência operacional fora dos custos extraordinários de aquisição e reestruturação.A expectativa é de que a conclusão da transação aconteça na segunda metade de 2025, sujeita à aprovação regulatória.

    Após a finalização, os resultados financeiros da Altera deixarão de ser consolidados nos balanços da Intel.

    Reprodução/Intel

    Declarações dos executivos envolvem confiança e otimismo

    Lip-Bu Tan, CEO da Intel, destacou que a transação demonstra o compromisso da companhia com foco estratégico e fortalecimento financeiro:

    A liderança de Sandra deixou um legado importante, e estamos confiantes de que Raghib é o líder ideal para a nova fase da Altera. Com a expertise da Silver Lake, aceleraremos ainda mais a criação de valor

    Lip-Bu Tan, CEO da Intel

    Já Hussain, futuro CEO da Altera, demonstrou entusiasmo com os novos rumos: “Com o suporte da Silver Lake e foco total em FPGAs, estamos preparados para entregar soluções revolucionárias que moldarão o futuro da computação impulsionada por IA”.

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    Perspectivas para o futuro da Altera

    A separação da Altera do controle total da Intel sinaliza um novo ciclo de inovação em uma das áreas mais promissoras da tecnologia moderna. Como empresa independente e com o respaldo da Silver Lake, a Altera deve ganhar agilidade para investir em pesquisa, lançar produtos mais rapidamente e atender nichos em plena expansão, como automação industrial inteligente, defesa digital e sistemas embarcados de alto desempenho.

    A movimentação também reforça a tendência de reconfiguração do setor de semicondutores, onde parcerias estratégicas e independência operacional tornam-se chaves para a liderança tecnológica em um mundo cada vez mais orientado por inteligência artificial.

    Fonte: Intel

  • Samsung é superada pela primeira vez no mercado de DRAM depois de 33 anos

    Samsung é superada pela primeira vez no mercado de DRAM depois de 33 anos

    Após liderar o setor por 33 anos, Samsung é superada pela primeira vez no mercado de DRAM depois de 33 anos. A gigante da tecnologia foi ultrapassada no primeiro trimestre de 2025 pela rival sul-coreana SK Hynix, que obteve um desempenho excepcional no segmento de memórias de alta largura de banda (HBM).

    Colocando os resultados em números detalhados com informações da Counterpoint Research, a SK Hynix conquistou 36% do mercado de DRAM, contra 34% da Samsung. Em terceiro lugar, a Micron ficou com 25%.

    O sucesso da SK Hynix no segmento de HBM, com cerca de 70% de participação neste nicho específico, foi o ponto de virada na disputa acirrada.

    A NVIDIA teve uma participação considerável e indireta nos resultados. Muitos dos pedidos de HBM3E do Time Verde foram assegurados pela SK Hynix, enquanto a Samsung enfrentou dificuldades técnicas para ingressar na cadeia de suprimentos de chips para inteligência artificial (IA).

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    Após dificuldades internas, Samsung é superada pela primeira vez no mercado de DRAM depois de 33 anos

    Sendo um componente essencial para servidores de IA de última geração, o HBM se tornou uma tecnologia indispensável no setor, sendo este um dos motivos que impulsionou a rival também sul-coreana da Samsung — a segunda maior empresa de semicondutores da Coreia do Sul.

    Especialistas apontam que o resultado se repetirá no segundo trimestre de 2025, dada a demanda sustentada por soluções avançadas de memórias — sendo que a Samsung ainda não se recuperou totalmente de parte dos problemas enfrentados anteriormente.

    Independentemente dos resultados positivos a curto prazo, especialistas alertam que tensões geopolíticas e eventuais recessões podem impactar o crescimento da SK Hynix.

    A boa notícia para os envolvidos é que o mercado de memórias HBM é menos suscetível a choques comerciais a curto prazo, indicando que terão tempo o bastante para se preparar para o futuro.

    Por sua vez, a Samsung continua os seus esforços para recuperar a fatia perdida de mercado. O cronograma de certificação dos seus chips HBM4 foi adiantado em 6 (seis meses).

    Para os seus planos serem bem-sucedidos, terão que continuar aprimorando os seus processos de produção para que altíssima precisão seja prioridade, fator fundamental quando o assunto é fabricação de chips HBM.

    E aí? Qual é a sua opinião sobre o assunto? Compartilhe o seu ponto de vista e continue acompanhando o Adrenaline!

    Fonte: sammobile

  • Google apresenta Ironwood, novo chip para IA que pode rivalizar com GPUs NVIDIA

    Google apresenta Ironwood, novo chip para IA que pode rivalizar com GPUs NVIDIA

    A Google lançou oficialmente nesta semana o Ironwood, sétima geração de seus chips aceleradores para IA. O grande diferencial do novo lançamento é que esse é o primeiro produto do tipo vindo pela Google com foco em inferência, segundo a empresa.

    Inferência é o nome específico do processo mais importante da IA generativa, que tem se popularizado atualmente com bots como o ChatGPT ou o Gemini, da própria Google. A companhia diz que o “Ironwood é nossa mais poderosa, capaz e eficiente TPU até agora, criada para raciocínio forte em modelos de IA inferenciais em escala”.

    Fonte: Google

    TPU é uma sigla para Tensor Processing Unit, como a Google chama seus aceleradores para IA. Segundo a Reuters, o Ironwood possivelmente chega como uma das poucas opções viáveis para fazer frente às GPUs da NVIDIA, que têm dominado o segmento profissional de IA.

    O Ironwood, no entanto, tem seu uso um tanto limitado. O chip é voltado para uso interno pelos próprios engenheiros da Google, ou para os clientes que contratam seus serviços de nuvem. A IA Gemini da empresa é processada inteiramente pelos seus chips, então deve receber um novo impulso com a chegada da nova geração.

    Ironwood vai ser implementado em configurações de até 9.216 chips

    A Google afirma que a nova geração de seu acelerador IA pode ser escalada a até 9.216 chips com resfriamento líquido, ligados por uma rede avançada ICI (Inter Chip Interconnect).

    Assim, a empresa vai oferecer os serviços do Google Cloud em duas configurações: de 256 chips por pod e de 9.216 chips por pod.

    Ironwood escala até 9.216 chips em um pod
    Fonte: Google

    Segundo a companhia, a opção mais avançada equipada com os componentes Ironwood entrega um total de 42,5 exaflops, que seria até 24 vezes mais poder computacional do que o El Capitan oferece. O atual maior supercomputador do mundo entrega 1,7 exaflop por pod.

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    A Google não informou, no entanto, qual fabricante de semicondutores está produzindo os novos Ironwood.

  • Criador de Doom defende uso de IA para simplificar criação de jogos

    Criador de Doom defende uso de IA para simplificar criação de jogos

    Em meio às polêmicas envolvendo o uso de inteligência artificial em mídias consideradas artísticas, criador de Doom defende uso de IA para simplificar criação de jogos. Segundo John Carmack, o motor gráfico baseado em IA generativa chamado WHAMM (World and Human Action MaskGIT Model) é “um trabalho de pesquisa impressionante”.

    Para quem está por fora da notícia veiculada pelo Adrenaline na última segunda-feira (8), clique aqui e teste a demo Quake II gerada por IA.

    Apesar de ser um resultado impressionante, os envolvidos ressaltaram todas as limitações atuais e garantiram: “Não pretendemos que isso replique totalmente a experiência do jogo original”.

    Os comentários positivos de John Carmack foram publicados após um usuário do X (antigo Twitter) chamado Quake Dad chamar a demo de “nojenta” e afirmar que “cuspia no trabalho de todos os desenvolvedores”.

    Entre as preocupações dos críticos, destaca-se o medo de novas tecnologias eliminarem vagas de emprego em uma indústria já muito concorrida. O usuário explicou o seu posicionamento: “Um jogo totalmente generativo reduz o número de vagas necessárias para um projeto, dificultando a contratação de devs”.

    Respondendo diretamente o posicionamento crítico, Carmack tentou expor o seu ponto de vista:

    “Meus primeiros jogos envolviam código de máquina escrito à mão e conversão de sprites em papel quadriculado para hexadecimal. O progresso do software tornou esse trabalho tão irrelevante quanto a manutenção de rodas de charrete (…) Criar ferramentas poderosas é central para todo avanço na computação”.

    Tim Sweeney, CEO da Epic Games, se posicionou de maneira similar ao veterano criador de Doom: “A IA será uma ferramenta poderosa na caixa de ferramentas de cada programador, artista e designer — assim como linguagens de alto nível, softwares de arte e scripting visual foram em eras passadas”.

    Ou seja: ambos os figurões da indústria rejeitaram a ideia de que a IA eliminaria empregos em vez de criar novas oportunidades de trabalho mais eficientes.

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    Em meio aos posicionamentos acalorados, criador de Doom defende uso de IA

    Mesmo assim, Carmack admitiu que futuramente a inteligência artificial poderá gerar games completos a partir de comandos simples, mas assegurou: “ainda haverá obras muito melhores criadas por equipes dedicadas de desenvolvedores apaixonados”.

    Sobre o medo da perda de empregos, Sweeney se posicionou com clareza:  

    Sempre há o medo de que a automação leve empresas a produzir o mesmo, mas com menos gente. De toda forma, a competição as levará a criar o melhor trabalho possível com as novas ferramentas — e isso tende a gerar mais empregos.

    Para finalizar, o criador de Doom concluiu: “Haverá mais ou menos empregos na área? É uma questão em aberto. Pode seguir o caminho da agricultura, onde tecnologia permite que uma fração mínima da força de trabalho supra a demanda, ou das redes sociais, onde o empreendedorismo criativo floresceu em várias escalas. De qualquer forma, deixar de usar ferramentas poderosas porque eliminam empregos não é uma estratégia vencedora.”

    É válido ressaltar que os posicionamentos das ilustres figuras são extremamente relevantes, mas são pensamentos de pessoas que se encontram em uma posição privilegiada, devido aos méritos próprios de suas carreiras consolidadas e premiadas.

    Colegas de profissão novatos ou sem tanta bagagem estão com preocupações mais urgentes (como preservar o seu próprio emprego) sobre o uso de IA, sendo essa discussão impulsionada por tais receios.

    Independentemente do posicionamento dos envolvidos, a indústria está caminhando rapidamente para um futuro no qual a IA fará parte do dia a dia de diversas profissões — não somente para os desenvolvedores de jogos.

    E você? O que acha sobre tudo isso? Compartilhe o seu ponto de vista nesta publicação e continue acompanhando o Adrenaline!

    Fonte: arstechnica

  • Pequim inclui aulas obrigatórias de inteligência artificial desde o ensino fundamental

    Pequim inclui aulas obrigatórias de inteligência artificial desde o ensino fundamental

    A partir de setembro deste ano, estudantes das escolas públicas e privadas de Pequim, capital da China, passarão a ter aulas obrigatórias de inteligência artificial já no ensino fundamental.

    A medida, anunciada pela Comissão Municipal de Educação de Pequim, é parte de uma ampla estratégia nacional que visa consolidar a posição do país como protagonista no desenvolvimento e uso de tecnologias emergentes.

    Com crianças de apenas seis anos aprendendo conceitos básicos de IA, a proposta pode representar uma grande mudança estrutural no modelo educacional chinês. Ao menos oito horas por ano letivo serão dedicadas ao conteúdo, que poderá ser ministrado em disciplinas autônomas ou integrado a matérias já existentes, como ciências e informática.

    Aprendizado gradual e adaptado à faixa etária

    O programa educacional prevê uma abordagem escalonada: alunos mais jovens terão contato inicial com noções fundamentais da tecnologia, como o funcionamento de chatbots e os princípios éticos do uso da IA.

    Já os estudantes do ensino médio, com idades entre 15 e 17 anos, se concentrarão em aspectos mais avançados, voltados à inovação e aplicação prática da inteligência artificial em diferentes contextos.

    A introdução da IA nas salas de aula, desde os primeiros anos escolares, tem o objetivo de formar uma nova geração de profissionais altamente capacitados e criativos no setor tecnológico

    Comissão Municipal de Educação de Pequim

    Para dar suporte à nova grade curricular, o governo chinês também se comprometeu a desenvolver uma estrutura abrangente de formação docente e treinamento especializado. A proposta inclui a criação de materiais didáticos específicos, capacitação técnica para os professores e a implementação de laboratórios com recursos tecnológicos de ponta.

    Além disso, a medida já está sendo implementada de forma experimental em 184 escolas selecionadas pelo Ministério da Educação da China desde dezembro do ano passado. Esses colégios servem como laboratório para ajustar práticas pedagógicas e metodologias antes da expansão nacional do programa.

    Reprodução/DALL-E

    Impulso tecnológico e novos protagonistas no setor de IA

    O anúncio vem na esteira do crescimento de startups chinesas que têm se destacado no cenário global. Um exemplo é a DeepSeek, empresa fundada por um ex-aluno da Universidade de Zhejiang, que recentemente apresentou um modelo de IA comparável, em desempenho, a soluções desenvolvidas por gigantes americanos como a OpenAI — mas com uso de menos recursos.

    Outros nomes de peso também vêm ganhando notoriedade, como a Unitree Robotics, fundada por Wang Xingxing, outro ex-aluno da mesma universidade. Para o governo chinês, esses exemplos reforçam a importância de investir na formação precoce de talentos para garantir competitividade no setor.

    Tendência global: outros países seguem o mesmo caminho

    Embora a iniciativa chinesa seja uma das mais ambiciosas, ela não é isolada. A Califórnia, nos Estados Unidos, aprovou recentemente uma legislação que exige que o conselho estadual de educação inclua a alfabetização em IA nas escolas.

    A Itália, por sua vez, iniciou testes com ferramentas baseadas em IA em salas de aula como parte de um projeto-piloto voltado à capacitação digital dos alunos.

    Leia também:

    Reprodução/DALL-E

    Educação como chave para a liderança tecnológica

    A nova diretriz faz parte de um plano mais amplo anunciado durante o Congresso Nacional do Povo, onde o governo se comprometeu a impulsionar a aplicação massiva de modelos de IA, a criação de dispositivos inteligentes e o fortalecimento da indústria de fabricação tecnológica de nova geração.

    Ao priorizar a educação tecnológica desde os primeiros anos escolares, a China demonstra que pretende liderar não apenas pelo investimento em infraestrutura, mas principalmente pela formação de capital humano qualificado e inovador.

    Enquanto países como China, Estados Unidos e Itália já implementam ou testam a inclusão da inteligência artificial nos currículos escolares, o Brasil segue em ritmo lento diante das transformações tecnológicas globais.

    A falta de políticas públicas consistentes voltadas à inovação educacional, aliada à escassez de investimentos em formação docente e infraestrutura tecnológica, expõe a inoperância do país diante de um cenário em que a alfabetização digital é cada vez mais essencial.

    Sem um plano nacional robusto, o Brasil corre o risco de ampliar ainda mais a defasagem educacional e tecnológica, perdendo espaço na corrida pelo protagonismo na economia do conhecimento.

    Fonte: Comissão Municipal de Educação de Pequim

  • IBM lança novo mainframe construído sob medida para explorar IA

    IBM lança novo mainframe construído sob medida para explorar IA

    Agora é oficial: IBM lança novo mainframe construído sob medida para explorar inteligência artificial (IA). A mais recente versão da companhia, o IBM z17, foi criado para impulsionar a adoção de IA em escala empresarial.

    Trata-se de um sistema alimentado pelo processador IBM Telum II, totalmente criptografado e otimizado para mais de 250 aplicações de inteligência artificial — desde agentes automatizados até modelos generativos.

    Os mainframes são a espinha dorsal de 71% das empresas Fortune 500, segundo fontes internas, apesar de serem uma tecnologia consolidada. O segmento foi avaliado em US$ 5,3 bilhões em 2024, de acordo com a consultoria Market Research Future.

    O z17 consegue processar cerca de 450 bilhões de operações de inferência por dia, representando um salto de 50% em relação ao modelo anterior, o z16 — lançado originalmente em 2022, com o primeiro chip Telum.

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    Após alguns anos, IBM lança novo mainframe construído sob medida para explorar IA

    A IBM ressalta que tudo foi projetado tendo em mente a integração total com outros hardwares, softwares e ferramentas de código aberto.

    Tina Tarquinio, vice-presidente de gerenciamento de produtos e design da IBM Z, revelou durante uma entrevista para a mídia internacional que o z17 esteve em desenvolvimento ao longo de 5 (cinco) anos, antes do boom de IA iniciado pelo ChatGPT, em meados de 2022.

    Foram investidas mais de 2.000 horas de pesquisa na coleta do feedback de 100 clientes durante o desenvolvimento.

    Tina concluiu: “É fascinante ver como, cinco anos depois, as demandas deles se alinham com a direção que o mercado tomou”.

    O IBM foi construído tendo em mente a flexibilidade necessária para a evolução no mercado de IA. O mainframe suportará 48 chips aceleradores Spyre AI no lançamento, com planos de aumentar para 96 chips aceleradores em 12 meses.

    A vice-presidente de gerenciamento de produtos e design explicou: “Estamos intencionalmente criando margem para crescimento (…) À medida que novos modelos surgirem, garantiremos capacidade para sistemas maiores e mais complexos — talvez com maior necessidade de memória local. Sabemos que a abordagem vai mudar, e estamos preparados.”

    Ao solicitarem que a executiva escolhesse uma característica favorita do z17, ela brincou que “é como eleger um filho preferido”. Contudo, achou válido ressaltar o ganho em eficiência energética.

    O IBM z17 estará disponível a partir de 8 de junho. A ideia do projeto será reforçar a aposta da gigante da tecnologia em um futuro da computação empresarial orientado por recursos poderosos de inteligência artificial.

    E aí? O que achou das novidades? Compartilhe o seu ponto de vista nesta publicação e continue acompanhando o Adrenaline!

    Fonte: techcrunch

  • Chefe da Nintendo comenta uso de IA em jogos

    Chefe da Nintendo comenta uso de IA em jogos

    A Nintendo compartilhou a visão sobre o uso de inteligência artificial (IA) no desenvolvimento de jogos. Durante uma entrevista à CNBC, Doug Bowser, presidente da Nintendo of America, afirmou que a empresa pretende adotar tecnologias que melhorem a experiência de jogo, mas sem abrir mão da criatividade humana.

    Bowser explicou que a Nintendo analisa com cautela o papel da IA nos processos de desenvolvimento. Além disso, a empresa busca utilizar qualquer recurso tecnológico, incluindo a inteligência artificial, apenas quando ele contribui diretamente para uma experiência de jogo mais rica. De acordo com o executivo, essa diretriz está no centro das decisões da companhia.

    Foto: Divulgação/Nintendo

    Leia também: Switch 2: tarifas de Trump devem ter impacto menor no Brasil, diz Nintendo

    O presidente também destacou que a IA tem sido cada vez mais usada na indústria para tarefas como aumento de produtividade e apoio ao desenvolvimento. No entanto, ele ressaltou que a Nintendo continua acreditando no papel fundamental dos desenvolvedores.

    Nintendo vê papel essencial da criatividade humana

    Bowser afirmou que o que torna os jogos da Nintendo especiais é o trabalho de seus desenvolvedores. Para ele, o talento artístico e a compreensão de como as pessoas jogam são elementos insubstituíveis. Por isso, ele garantiu que a empresa continuará envolvendo pessoas reais em todas as etapas de criação.

    Leia também: Sony quer saber sobre o interesse dos jogadores no Switch 2

    Switch 2 usa emulador interno para reproduzir jogos do Switch 1
    Divulgação/Nintendo

    “Ainda acreditamos que o que torna nossos jogos especiais são nossos desenvolvedores, suas capacidades artísticas, sua visão de como as pessoas jogam. Então, sempre haverá sempre um toque humano e um envolvimento humano na maneira como desenvolvemos e construímos nossos jogos”, disse.

    A discussão sobre IA ganhou destaque recente com outras empresas do setor. A Microsoft, por exemplo, lançou o Muse, uma ferramenta de IA para auxiliar na concepção de jogos. A Take-Two Interactive e a Activision também abordaram o tema, gerando diferentes reações na comunidade.

    Fonte: Eurogamer

  • Com limitações: Microsoft lança demo de Quake II gerada por IA

    Com limitações: Microsoft lança demo de Quake II gerada por IA

    Mais uma ferramenta polêmica envolvendo inteligência artificial (IA) está em alta nos últimos dias: com limitações, Microsoft lança demo de Quake II gerada por IA. Trata-se do modelo WHAMM (sigla em inglês para World and Human Action MaskGIT Model) que já está disponível para testes.

    Antes de iniciarmos as explicações, clique aqui para testar agora mesmo a demo de Quake II gerada por IA. Lembre-se de que, atualmente, será possível jogar por somente alguns minutos — o tempo limite é bem rígido.

    Trata-se de um modelo de IA generativa para jogos em tempo real. É capaz de criar experiências interativas, demonstradas ao público por meio de uma demo limitada, baseada no saudoso Quake II.

    Parte da família de modelos IA Muse, a tecnologia do Copilot Gaming Experience é ainda altamente experimental, permitindo que os usuários interajam com o mundo virtual por meio de ações do teclado / controle e vejam os resultados em tempo real.

    Apesar de ser possível ter a limitada possibilidade de “jogar” algo, ainda estamos falando de uma experiência que não se compara com um jogo polido adequadamente. Atualmente, é possível testar a demo em uma resolução bem baixa: 640×360 e com uma taxa de quadros por segundo baixa.

    Porém, estamos falando de uma evolução considerável, se compararmos com o modelo Muse lançado anteriormente, que operava a apenas 10 FPS e com a resolução 300×180. É uma oportunidade de ter um vislumbre do futuro, mas continua longe de estar em um estado que possa ser considerável adequado para distribuição.

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    Mesmo com muitas limitações, Microsoft lança demo polêmica de Quake II gerada por IA

    Entre os problemas do modelo atual, destacam-se:

    • Restrição a um único nível;
    • Inimigos borrados e comportamentos imprecisos;
    • Sistema de dano e vida falho (com contagens erradas);
    • Estatísticas inconsistentes (vida e dano calculados erroneamente);
    • Falta de “permanência de objetos” — a IA “esquece” elementos que ficam fora de campo por 0,9 segundo ou mais.

    A ideia por trás do projeto, segundo Phil Spencer, CEO da Microsoft Gaming, é ser um aliado da preservação de jogos. Spencer explica:

    “Imagine um mundo no qual, a partir de dados e vídeos de gameplay, um modelo de IA possa aprender jogos antigos e torná-los portáteis para qualquer plataforma (…) Falamos sobre preservação de jogos como uma prioridade, e esses modelos, capazes de replicar a jogabilidade sem depender do motor ou hardware originais, abrem oportunidades incríveis.”

    Ou seja: a ideia é replicar jogos antigos, mesmo não tendo mais acesso ao motor gráfico original e outros requisitos que não fundamentais para um relançamento.

    Paralelamente, Microsoft está trabalhando para transformar o Copilot em uma espécie de “máquina treinadora de jogo”, para a tecnologia poder analisar jogabilidade em tempo real e oferecer dicas. A ideia de auxílios em tempo real também está sendo explorada pela Intel.

    Artistas criticam abordagem da Microsoft para preservação de jogos usando IA

    Voltando para a demo de Quake II, o título está sendo usado como um exemplo de como é possível revitalizar clássicos e adaptá-los para hardwares modernos.

    De toda forma, independentemente do intuito da Microsoft, a ferramenta está gerando repercussões mundialmente. Segundo o escritor e game designer Austin Walker, a “IA não é capaz de preservar os jogos e só cria imitações superficiais”.

    Walker explica um pouco do seu ponto de vista: “Isso revela um mal-entendido fundamental não só sobre a tecnologia, mas sobre COMO jogos funcionam (…) O funcionamento interno de jogos como Quake — código, design, arte 3D, áudio — gera experiências únicas, incluindo bugs e casos imprevisíveis. Parte da magia está aí. Se você não reconstrói a essência, perde-se tudo isso.”

    A discussão ocorreu em meio a outra polêmica recente, que envolveu a criação de artes com o estilo do estúdio Ghibli, mas usando ferramentas de IA da OpenAI. Os críticos ferrenhos afirmam que essas abordagens esvaziam a autoria humana, fazendo cópias “sem alma”.

    Para evitar os problemas descritos acima, especialistas afirmam que o ideal é usar a IA para potencializar a criação artística, e não substituir. Apesar da tecnologia não conseguir replicar a essência criativa por trás de inúmeras obras, o seu rápido avanço sugere que filmes e games 100% gerados por máquina podem ser uma realidade em um futuro não tão distante quanto aparenta.

    Atualmente, um exemplo da implementação considerada adequada de ferramentas de IA é o jogo inZOI, que utiliza a NVIDIA Ace para gerar NPCs realistas (personagens não jogáveis, na sigla em inglês).

    Resta aguardar para observarmos o desenrolar desta situação. Por enquanto, a Microsoft está direcionando os seus esforços para refinar os seus modelos de IA.

    Se a sua proposta para a “preservação” dos games será bem-sucedida ou não, só o tempo dirá. E aí? O que achou das informações? Compartilhe o seu ponto de vista nesta publicação e continue acompanhando o Adrenaline!

    Fontes: theverge | techcrunch | tomshardware

  • AMD quebra recorde em supercomputação ao acelerar simulação CFD em mais de 25 vezes

    AMD quebra recorde em supercomputação ao acelerar simulação CFD em mais de 25 vezes

    Em um avanço significativo no campo da engenharia computacional, a AMD foi responsável por uma conquista histórica em supercomputação. A empresa viabilizou a execução de uma simulação de dinâmica dos fluidos computacional (CFD) 25 vezes mais rápida do que os métodos convencionais, utilizando o supercomputador Frontier, no Laboratório Nacional de Oak Ridge (ORNL), nos Estados Unidos.

    De 38 horas para 1h30: a revolução na simulação CFD

    A simulação de um turbocompressor axial, envolvendo 2,2 bilhões de células, foi conduzida para a empresa Baker Hughes, especializada em tecnologia para o setor energético.

    Tradicionalmente, o processamento desse tipo de tarefa levava cerca de 38,5 horas, usando 3.700 núcleos de CPU. Com a nova abordagem, apenas 1.024 aceleradores AMD Instinct MI250X combinados com processadores AMD EPYC foram suficientes para reduzir esse tempo para impressionantes 1,5 horas.

    A redução drástica no tempo de execução permite que empresas do setor façam ajustes e testem novas soluções com muito mais agilidade, aumentando a produtividade e acelerando o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis.

    O resultado mostra como a supercomputação de ponta pode enfrentar os desafios mais complexos da engenharia moderna, abrindo caminho para inovações mais eficientes e sustentáveis

    Brad McCredie, vice-presidente sênior de engenharia de data centers da AMD.

    Frontier e El Capitan: rivais de altíssimo desempenho

    Frontier, antes detentor do título de supercomputador mais rápido do mundo, foi também o primeiro a ultrapassar a barreira de performance em exaescala. No entanto, em novembro de 2024, foi superado pelo El Capitan, localizado no Laboratório Nacional de Lawrence Livermore. Ainda assim, ambos os sistemas são alimentados por tecnologias AMD.

    O Frontier utiliza 9.408 processadores EPYC e 37.632 GPUs Instinct MI250X. Já o El Capitan aposta em 44.544 aceleradores AMD Instinct MI300A. Curiosamente, a simulação da Ansys Fluent usou apenas uma fração dos recursos disponíveis no Frontier, o que indica um potencial ainda maior de processamento, caso todas as unidades fossem utilizadas.

    Reprodução/Ansys

    AMD desafia NVIDIA no campo da IA e HPC

    Apesar do domínio da NVIDIA no mercado de GPUs voltadas para inteligência artificial, a AMD agora se posiciona como um forte concorrente, principalmente em aplicações de alto desempenho (HPC). No entanto, ainda enfrenta desafios no campo do suporte a software, fator que impacta a adoção em centros de dados de IA.

    Um exemplo recente foi o TinyBox, sistema da Tiny Corp, que sofreu instabilidades com GPUs Radeon RX 7900 XTX. Apesar de uma intervenção direta da CEO da AMD, Lisa Su, a empresa optou por lançar duas versões do produto: uma com GPUs AMD e outra com placas NVIDIA RTX 4090 — recomendando, inclusive, a versão da “Team Green” pela superioridade dos drivers.

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    O que vem a seguir depende do software

    A AMD já mostra que tem poder de fogo em hardware para competir com qualquer empresa do mercado, mas ainda precisa consolidar seu ecossistema de software para alcançar uma adoção mais ampla, principalmente entre startups e empresas de IA. Se conseguir resolver esse ponto fraco, tem tudo para ocupar uma posição mais equilibrada no cenário competitivo frente à NVIDIA.

    Fonte: Ansys