Conhecida por seus acessórios e notebooks de alto desempenho, a Razer decidiu suspender temporariamente a venda de diversos produtos nos Estados Unidos. A companhia parece ter tomado essa decisão como consequência das incertezas que as tarifas anunciadas recentemente pelo presidente Donald Trump vão trazer para o mercado de tecnologia do país.
No entanto, esse não foi um motivo citado pela companhia em um comunicado enviado ao The Verge, no qual confirmou a paralisação de suas vendas. Ela afirmou que “não tem um comentário a fazer nesse estágio a respeito das tarifas”, mas tudo indica que a decisão desta semana é um reflexo direto da implementação delas.
Foto: Divulgação/Razer
Entre os produtos da Razer que deixaram de ser vendidos até o notebook Blade 16, cujas pré-vendas do novo modelo foram suspensas. Além de enviar e-mails a compradores confirmando a situação, a companhia chegou até mesmo a remover de seu site oficial as páginas onde a encomenda do aparelho poderia ser feita.
Produção da Razer é baseada no exterior
Assim como outras empresas do campo da tecnologia, a Razer concentra a maior parte de sua produção em países como a China e a Taiwan. Ambos foram duramente afetados pelas tarifas de importação impostas por Trump, o que deve ajudar a encarecer o preço de distribuição de muitos produtos — e aumentar os valores que os consumidores vão ter que pagar por eles.
Foto: Divulgação/Razer
Nesta semana, o político confirmou que vai trabalhar com uma tarifa de 104% sobre os produtos produzidos na China, o que deve ter impacto direto sobre muitas empresas. Assim, é compreensível que muitas delas tenham decidido suspender temporariamente suas atividades conforme analisam as consequências para seus negócios.
Entre as companhias que já foram afetadas estão gigantes como a Apple, que viu o preço de suas ações derreter nos últimos dias. Além disso, a Nintendo decidiu adiar indefinidamente as vendas do Nintendo Switch 2 no país, afirmando que precisa de tempo para analisar o impacto que as novas taxas vão ter em suas operações.
Pouco após decidir adiar as pré-vendas do Switch 2 nos Estados Unidos como consequência das novas taxas impostas pelo presidente Donald Trump, a Nintendo decidiu fazer algo semelhante no Canadá. Segundo a empresa, o processo que começaria nesta quarta-feira (9) foi adiado para uma data ainda não terminada.
Em um comunicado, a companhia afirmou que tomou a decisão para “alinhar o tempo das pré-vendas que serão determinadas pelos Estados Unidos”. Em um comunicado ao MobileSyrup, a empresa afirmou que continua comprometida a lançar o aparelho no dia 5 de junho e que vai compartilhar em breve mais dados sobre as vendas antecipadas.
Foto: Divulgação/Nintendo
Embora o Canadá não tenha imposto as mesmas tarifas sobre bens importados da China e de Taiwan do país vizinho, os dois locais costumam trabalhar de forma bastante integrada. Assim, a Nintendo pode ter tomado a decisão para ter tempo de calcular possíveis incrementos a seus custos de distribuição em ambos os territórios.
Switch 2 tem critérios bastante estritos para pré-compras
Nos países em que as pré-compras do Switch 2 ainda vão começar nesta quarta-feira, a Nintendo tem imposto regras bastante estritas. Quem quiser comprar o produto diretamente com ela vai ter que provar que tem uma conta ativa no Switch por pelo menos dois anos, além de mostrar que dedicou certo tempo a jogar games comprados.
Foto: Divulgação/Nintendo
Além disso, somente quem atua como a cabeça de um grupo familiar do Nintendo Switch Online vai ser elegível a comprar as primeiras levas do console. A boa notícia para os consumidores é que lojas como a Amazon também vão vender o novo aparelho, embora haja relatos de que muitas delas já estão com unidades esgotadas — e alguns consoles já pararam no eBay com preços bem acima do recomendado.
O lançamento do Switch 2 acontece em um momento delicado para o mundo da tecnologia, que pode sofrer várias transformações diante da situação atual dos Estados Unidos. Empresas como a Apple tiveram uma grande desvalorização em suas ações nos últimos dias, diante das previsões de que seus novos aparelhos podem ficar muito mais caros.
Os EUA confirmaram que irão aplicar uma tarifa de 104% sobre os produtos importados da China a partir desta quarta-feira (9), aprofundando ainda mais as tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo.
A informação foi confirmada pela secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, em entrevista à Fox Business nesta terça-feira (8). A medida entra em vigor após o prazo final estabelecido pelo presidente americano Donald Trump para que a China recuasse de sua retaliação comercial contra os Estados Unidos.
Segundo Trump, a China tinha até às 13h desta terça para desistir da resposta às tarifas americanas. No entanto, Pequim manteve sua postura firme, afirmando que seguirá reagindo aos aumentos tarifários, ainda que reconheça que “em uma guerra comercial, não há vencedores”.
O presidente americano afirmou em sua rede social que esperava uma ligação da China para discutir o assunto, mas a conversa não aconteceu. Sem o diálogo, os EUA decidiram avançar com o aumento tarifário.
Essa escalada teve início no último dia 2 de abril, quando Trump anunciou uma nova rodada de tarifas sobre 180 países. O continente asiático foi o mais afetado, com a China liderando a lista dos alvos.
Na ocasião, a tarifa imposta à China foi de 34%, somando-se às já existentes e elevando o total a 54%. A resposta chinesa veio no dia 4, com a imposição de uma tarifa também de 34% sobre produtos norte-americanos.
Diante da retaliação, Trump aumentou ainda mais a pressão. Avisou que, caso a China não recuasse até o prazo estipulado, novas tarifas seriam aplicadas, totalizando 104%.
Reprodução/YouTube
Entenda a formação da tarifa de 104% dos EUA a China
A construção dessa tarifa de 104% sobre os produtos chineses aconteceu em etapas:
Uma tarifa inicial de 10% já estava em vigor sobre os produtos chineses.
Em fevereiro, foi adicionada uma taxa extra de 10%, totalizando 20%.
No início de abril, mais 34% foram impostos, elevando o total para 54%.
Agora, com mais 50% em tarifas extras após a retaliação chinesa, o valor final alcança 104%.
A medida é considerada uma das mais agressivas ações comerciais da história recente dos EUA contra um parceiro econômico de grande porte.
Impactos no mercado financeiro
O impacto das medidas já é sentido nos mercados financeiros globais. O temor de uma guerra comercial mais ampla tem provocado aversão ao risco entre os investidores.
Nesta terça, o pregão começou com otimismo moderado, diante da expectativa de uma possível negociação entre os países. Porém, com a confirmação do tarifaço, o humor nos mercados mudou.
As bolsas da Ásia e da Europa até fecharam em alta, influenciadas por rumores de possível avanço nas conversas. Já em Wall Street, os índices começaram o dia com forte alta, mas perderam força ao longo da tarde após a confirmação da nova tarifa.
No Brasil, o cenário também foi afetado. O Ibovespa, principal índice da B3, operava em alta até o meio da tarde, mas inverteu o sinal e passou a cair. O dólar voltou a ser negociado acima dos R$ 6.
As tensões comerciais entre EUA e China já vinham crescendo desde o início da administração Trump, marcada por uma postura mais protecionista. Com essa nova rodada de tarifas, o risco de uma guerra comercial generalizada ganha ainda mais força.
Segundo a Casa Branca, cerca de 70 países já procuraram os EUA para discutir acordos e evitar serem afetados pelas tarifas. No entanto, o impasse com a China segue sem resolução.
Pequim, por sua vez, tem reafirmado que está disposta a dialogar, mas que não aceitará ser pressionada unilateralmente. A resposta do governo chinês às novas tarifas deve ser anunciada nos próximos dias.
Enquanto isso, empresas dos dois países se preparam para os efeitos da medida, que deve impactar diretamente o preço de centenas de produtos, desde eletrônicos até peças industriais.
A expectativa agora gira em torno dos próximos passos diplomáticos entre as duas potências. Especialistas afirmam que o cenário é incerto e que as consequências podem se estender por toda a economia global.
Além de afetar duramente o mercado de ações dos Estados Unidos, o grande pacote de tarifas anunciado na semana passada pelo presidente Donald Trump teve efeito imediato sobre companhias japonesas, que vão lidar com uma nova taxa de 24%. Nomes como Nintendo, Sony, Capcom e Square Enix tiveram quedas expressivas nos valores de suas ações nesta segunda-feira (7).
A Nintendo foi desvalorizada em 7,85%, a Sony em 10,04%, a Capcom em 6,61% e a Square Enix em 5,62% conforme as operações da bolsa japonesa se encerraram. Segundo as novas diretrizes propostas por Trump, todos os produtos produzidos no Japão terão uma taxação de 24% ao entrar nos Estados Unidos.
Foto: Divulgação/PlayStation
A situação foi tão grave que a bolsa japonesa teve que acionar o “Circuit Breaker” pela primeira vez desde 2020, paralisando as negociações do Nikkei 225 durante 10 minutos. O primeiro-ministro do país, Shigeru Ishiba, afirmou que pretende negociar as tarifas com o país aliado, mas esse é um processo que pode demorar a trazer resultados.
“Quando negociarmos com os Estados Unidos, queremos apresentar um pacote. Isso vai levar algum tempo, mas vamos torná-lo um sucesso”, afirmou o político durante o último final de semana. Entre os impactos imediatos que as tarifas podem causar está o aumento de preços de produtos eletrônicos, como o Nintendo Switch 2.
Tarifas de Trump impactam outras regiões importantes
As tarifas impostas por Trump afetam muitas companhias do mundo dos games em territórios que vão além do Japão. Antecipando a ação do atual comandante dos Estados Unidos, a Nintendo moveu boa parte de sua produção da China para Taiwan, com a esperança de que isso a ajudaria a proteger suas operações.
Foto: Divulgação/Capcom
No entanto, a companhia não imaginava que, enquanto o país imporia uma tarifa de 34% em relação à China, uma tarifa de 32% também seria imposta contra produtos importados de Taiwan. A situação certamente impactou os planos da fabricante, que chegou a adiar as pré-vendas do Switch 2 enquanto estuda como responder à nova realidade.
O presidente de Taiwan, Lai Ching-te, afirmou que não pretende tomar medidas recíprocas contra os Estados Unidos. Ele afirmou que o país está comprometido a continuar derrubando tarifas comerciais e que as companhias que têm sede principal em seu território estão compromissadas a aumentar seus investimentos no país norte-americano.
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