Se você deseja espelhar a tela do seu notebook na TV sem precisar instalar programas adicionais, existem métodos nativos no Windows que facilitam esse processo. Dependendo da compatibilidade da sua TV e do seu computador, você pode utilizar conexão sem fio via Wi-Fi ou um cabo HDMI para transmitir a tela. Neste tutorial, explicamos as duas formas de espelhar o notebook na TV sem complicação.
Como espelhar o notebook na TV pelo Wi-Fi
A maioria das Smart TVs modernas permite o espelhamento da tela do computador por meio do Wi-Fi. Esse recurso é útil para assistir vídeos, navegar na internet ou até mesmo trabalhar em uma tela maior.
Antes de começar, verifique se a TV e o notebook estão conectados na mesma rede Wi-Fi. Se os dispositivos estiverem em redes diferentes, o espelhamento não funcionará.
Passo 1: Ativar o espelhamento no Windows
No seu notebook, pressione Windows + K ao mesmo tempo. Isso abrirá o menu de dispositivos disponíveis para transmissão.
Você também pode acessar essa configuração indo em Configurações > Sitema > Tela e na opção Várias Telas selecionar Conectar uma Tela sem fio.
Passo 2: Selecionar a TV
Na lista que aparecer, clique sobre o nome da sua Smart TV. Se nenhum dispositivo for exibido, pode ser que sua TV não suporte espelhamento sem fio ou que a função esteja desativada nas configurações.
Passo 3: Na TV – Aceitar a conexão
Na sua TV você provavelmente receberá uma notificação pedindo a permissão para que ela conecte ao seu computador. Basta aceitar. Abaixo, você pode ver a imagem de um exemplo de um modelo da Samsung.
Passo 4: Escolher o tipo de exibição
Assim que a conexão for estabelecida, o Windows permitirá configurar o modo de exibição:
Duplicar: A TV exibirá exatamente o que está na tela do notebook.
Estender: A TV funcionará como um segundo monitor.
Segunda tela somente: A TV se tornará a única tela ativa.
Passo 5: Ajustar as configurações de exibição
Se for necessário alterar o posicionamento ou resolução da tela espelhada, clique com o botão direito na área de trabalho e vá até Configurações de exibição. Aqui, você pode organizar como as telas serão utilizadas, caso tenha optado pelo modo Estender.
Minha TV não tem espelhamento sem fio. O que fazer?
Se a sua TV não suporta a transmissão via Wi-Fi, ainda é possível espelhar a tela utilizando um cabo HDMI. Esse método garante uma conexão estável e sem atrasos.
Como espelhar o notebook na TV via cabo HDMI
Passo 1: Conectar o cabo HDMI
Plugue uma extremidade do cabo HDMI na entrada HDMI do notebook e a outra na entrada HDMI da TV.
Passo 2: Selecionar a fonte de vídeo na TV
No controle remoto da TV, pressione o botão “Source” ou “Input” e selecione a porta HDMI onde o cabo foi conectado.
Passo 3: Configurar o modo de exibição no Windows
No notebook, pressione Windows + P para abrir as opções de projeção. Escolha entre:
Duplicar (a TV exibirá o mesmo conteúdo do notebook).
Estender (a TV será um segundo monitor).
Segunda tela somente (apenas a TV será utilizada).
Passo 4: Ajustar as configurações de resolução
Se necessário, acesse Configurações de exibição no Windows para ajustar a resolução e o posicionamento da tela conectada via HDMI.
Esses ajustes podem ser feitos em Configurações > Sitema > Tela.
Outras dicas
Para garantir uma experiência de espelhamento de tela sem fio eficiente, siga algumas práticas recomendadas que podem evitar problemas comuns e melhorar o desempenho.
Mantenha seus Drivers Atualizados
O funcionamento adequado do espelhamento sem fio depende de componentes como a placa de vídeo e o adaptador de rede do seu notebook. Por isso, manter os drivers sempre atualizados é essencial.
Fabricantes como Intel, AMD e NVIDIA frequentemente lançam atualizações que melhoram a compatibilidade e corrigem possíveis falhas. Você pode verificar e atualizar os drivers manualmente pelo site oficial do fabricante ou utilizar ferramentas automáticas, como o Windows Update ou os gerenciadores de drivers das marcas.
Se o espelhamento não funcionar corretamente, tente reiniciar tanto o notebook quanto a TV. Muitas falhas temporárias de conexão podem ser resolvidas dessa forma.
Além disso, desconectar e reconectar a rede Wi-Fi ou alternar entre diferentes bandas de frequência (2,4 GHz e 5 GHz) pode ajudar a estabilizar a conexão.
Atenção à Distância e Sinal Wi-Fi
A qualidade do espelhamento depende diretamente da estabilidade da sua conexão sem fio. Obstáculos físicos, como paredes e móveis, podem interferir no sinal Wi-Fi, causando atrasos ou falhas na transmissão.
Para minimizar esses problemas, mantenha o notebook e a TV próximos ao roteador e, se possível, utilize a frequência de 5 GHz, que oferece maior velocidade e menor latência em comparação à banda de 2,4 GHz.
Outras Tecnologias de Espelhamento
Embora o Windows ofereça métodos nativos para transmissão sem fio, existem dispositivos adicionais que podem facilitar esse processo e trazer recursos extras.
O Chromecast, por exemplo, permite transmitir a tela de um notebook para a TV de forma simples, mas exige um dispositivo conectado à entrada HDMI.
Já o AirPlay, da Apple, é voltado para usuários de MacBooks e iPhones, sendo compatível apenas com Apple TVs ou modelos de TV que suportam essa tecnologia. Se você precisa de mais funcionalidades, como controle remoto, ou melhor qualidade de imagem, essas alternativas podem valer a pena.
Espero que esse artigo tenha sido útil para guar o espelhamento de um notebook em uma TV sem fio, ou mesmo da forma mais tradicional sem fio. O processo não é complicado e basta garantir o suporte dos dispositivos e uma boa conexão com a internet.
Durante anos, ser gamer significava escolher cuidadosamente cada título, torcendo para que aquele investimento valesse a pena. Com lançamentos caros e bibliotecas limitadas, experimentar novos jogos era, muitas vezes, um risco. Mas tudo mudou com a chegada da Assinatura Xbox Game Pass – uma revolução silenciosa que transformou a forma como consumimos jogos e redefiniu o conceito de biblioteca digital.
Mais do que uma simples assinatura, o Game Pass é uma porta de entrada para um novo tipo de liberdade no mundo gamer: liberdade de jogar mais, de jogar melhor, e de descobrir novos mundos sem medo de errar.
Uma Biblioteca Infinita no Bolso
Imagine ter uma estante virtual com centenas de jogos, acessíveis a qualquer momento. RPGs, shooters, indies, aventuras narrativas, esportes, corridas – todos disponíveis com apenas um clique. Isso é o Game Pass.
Com atualizações constantes, lançamentos no dia do lançamento e uma variedade impressionante de gêneros, a assinatura oferece algo que poucos serviços conseguiram: quantidade com qualidade. Títulos como Starfield, Forza Horizon 5, Halo Infinite, Hollow Knight, Persona 5 Royal e A Plague Tale: Requiem dividem espaço em um catálogo onde AAA e joias indie convivem lado a lado.
Testar Sem Medo: A Liberdade do Novo
Uma das maiores barreiras para experimentar novos jogos sempre foi o custo. Afinal, gastar R$300 em um jogo desconhecido é um risco que muitos preferem evitar.
Com o Xbox Game Pass, esse medo desaparece. Você pode baixar um título, jogar por 15 minutos e, se não for sua praia, desinstalar sem arrependimento. O serviço incentiva a curiosidade, transformando o jogador em um explorador de experiências.
É assim que muita gente descobre que ama gêneros que nunca havia considerado antes – como simuladores de fazenda, roguelikes ou jogos de construção de cidades.
O Poder dos Lançamentos no Dia Um
Um dos grandes diferenciais da Assinatura Xbox Game Pass é o acesso imediato a jogos no dia de lançamento. Isso significa que, enquanto outros estão decidindo se compram ou não, você já está jogando.
Grandes franquias da Microsoft, estúdios parceiros e até projetos independentes chegam direto ao serviço. Isso muda completamente a dinâmica do hype: você não apenas acompanha os lançamentos – você participa deles.
Integração Total: Console, PC e Nuvem
Outro ponto que faz o Game Pass se destacar é sua flexibilidade de plataforma. Com uma única assinatura, você pode jogar no Xbox, no PC e até na nuvem, através do xCloud.
Está no ônibus com seu celular? Continue o save que começou no console. Está viajando sem o Xbox? Use o notebook para acessar seus jogos. Essa mobilidade transforma qualquer lugar em um ponto de jogo – o gamer nunca mais fica longe do controle.
Um Paraíso para Jogadores Casuais e Hardcore
Não importa se você joga uma vez por semana ou passa noites inteiras explorando mundos virtuais – o Game Pass entrega valor para todos os perfis.
Casuais podem curtir jogos leves, indies premiados e aventuras rápidas sem compromisso.
Hardcore gamers aproveitam títulos desafiadores, campanhas longas e multiplayer competitivo sem gastar uma fortuna.
Famílias têm acesso a jogos educativos, criativos e seguros para todas as idades.
Essa pluralidade faz do serviço um ponto de encontro para todos os tipos de jogadores, sem distinção.
Economia Inteligente no Universo Gamer
Quando se fala em custo-benefício, o Game Pass está em um patamar próprio. A mensalidade custa menos que um jogo novo, mas entrega acesso a centenas.
Fazendo as contas, fica evidente que:
Jogar 2 ou 3 títulos por mês já cobre o investimento.
A economia ao evitar compras de jogos completos é enorme.
Não há gasto com jogos que você abandona após algumas horas.
Para quem busca um jeito inteligente de aproveitar ao máximo o tempo de jogo e o orçamento, essa assinatura é quase obrigatória.
Conteúdo em Constante Evolução
Uma das maiores vantagens da assinatura é a sua dinamicidade. O catálogo muda, se renova, se adapta. Toda semana, há algo novo para descobrir. E com a chegada constante de jogos inéditos, o jogador sente que a assinatura está sempre viva, pulsando, evoluindo.
Além disso, o serviço oferece:
Descontos exclusivos na compra de jogos e DLCs
Benefícios de parceria com outros serviços, como EA Play
Eventos especiais e desafios integrados aos jogos
Tudo isso mantém o jogador engajado por muito mais tempo.
O Futuro do Game Pass e o Impacto no Setor
O sucesso do Game Pass já está influenciando toda a indústria. Novas formas de distribuição, desenvolvimento voltado para serviços e uma maior democratização do acesso são apenas alguns dos reflexos.
Com a inclusão de grandes estúdios e o investimento em títulos próprios, a Microsoft mostra que a assinatura é o centro da sua estratégia a longo prazo. E com o crescimento do cloud gaming, o serviço está preparado para romper ainda mais barreiras nos próximos anos.
Jogar Nunca Foi Tão Livre
No fim das contas, o maior presente que a Assinatura Xbox Game Pass oferece é a liberdade. Liberdade para jogar o que quiser. Liberdade para errar e testar. Liberdade para explorar sem medo.
Se antes era preciso escolher cuidadosamente cada jogo, agora o jogador pode descobrir novos favoritos sem sair do sofá – ou mesmo da rua, graças à nuvem.
E essa sensação, de que o mundo dos jogos está inteiro ao alcance de um clique, é simplesmente imbatível. Se você ainda não experimentou, talvez seja hora de abrir as portas desse universo. Afinal, nunca foi tão fácil – e acessível – jogar tudo.
A NVIDIA anunciou no inicio de janeiro de 2025 a GPU / placa de vídeo GeForce RTX 5070 com peço de US$549, e o que chamou mais atenção no anuncio foi que o CEO daNVIDIA, Jensen Huang falou, que a GeForce RTX 5070 tem desempenho de uma GeForce RTX 4090, placa lançada por US$1599, quase 3 vezes o valor da RTX 5070. Mas será mesmo?
Nesse artigo você confere as diferenças técnicas entre as placas, algumas fotos lado a lado, além de gráficos de desempenho para conferir se de fato uma GeForce RTX 5070 tem mesmo desempenho que uma GeForce RTX 4090, ou seja, um modelo intermediário de nova geração alcançando o modelo topo de linha da geração anterior.
Abaixo algumas fotos de uma GeForce RTX 5070 modelo Zotac SOLID ao lado da GeForce RTX 4090 Founders Edition da NVIDIA.
Testes de desempenho entre GeForce RTX 5070 e RTX 4090
Para finalizar, alguns testes de desempenho com placas utilizando esses dois GPUs.
Conclusão
Fica evidente em nossos testes que a fala do Jensen não faz sentido algum, sendo que placas GeForce RTX 4090 são consideravelmente melhores em desempenho do que modelos GeForce RTX 5070, como já era de se esperar.
Tirando os gráficos de consumo de energia, onde naturalmente a GeForce RTX 5070 se sai melhor consumindo menos, e no gráfico de temperatura, onde existe um empate técnico, nos gráficos de desempenho a GeForce RTX 4090 chegou a dobrar o desempenho da GeForce RTX 5070 em dois cenários.
Uma GeForce RTX 4090 é muito superior a uma GeForce RTX 5070, sendo a RTX 4090 muito mais rápida
A colocação do Jensen sobre a RTX 5070 ter desempenho de uma RTX 4090 só acontecerá em cenários bem específicos com uso do gerador de quadros, mas em situações bem pontuais, na grande maioria dos casos não tem como comparar o desempenho das duas placas, sendo a RTX 4090 muito superior.
Após quase dois anos do anuncio da GeForce RTX 4070, a NVIDIA anunciou no inicio de 2025 a GPU / placa de vídeo GeForce RTX 5070 com peço de US$ 549. Porém, o que chamou mais atenção foi que o CEO daNVIDIA, Jensen Huang, falou que a GeForce RTX 5070 tem desempenho de uma GeForce RTX 4090, placa lançada por US$ 1.599, quase 3 vezes o valor da RTX 5070.
Nesse artigo você confere as diferenças técnicas entre as placas GeForce RTX 5070 e a GeForce RTX 4070, incluindo fotos e gráficos de desempenho.
Em outro artigo vou falar da RTX 5070 e RTX 4090, mostrando as diferenças de especificações, fotos lado a lado e é claro, gráficos de desempenho. Em suma, tudo que você precisa saber.
Abaixo algumas fotos de uma GeForce RTX 5070 modelo Zotac SOLID ao lado da GeForce RTX 4070 Founders Edition da NVIDIA.
Testes de desempenho entre GeForce RTX 5070 e RTX 4070
Entretanto, não para por aí. Para finalizar, alguns testes de desempenho com placas utilizando esses dois GPUs.
Conclusão
Comparando a GeForce RTX 5070 com a GeForce RTX 4070, o ganho de desempenho varia e fica em média 15% superior no novo modelo, isso falando de velocidade, já que a nova placa consome cerca de 25% a mais do que a geração passada, o que não faz muito sentido na questão de evolução no aspecto de eficiência energética.
Na prática, se alguém trocar uma RTX 4070 Super em uma máquina por uma RTX 5070, o dono nem vai saber que algo aconteceu. Quer dizer, vai poder ligar o gerador de múltiplos quadros do DLSS e “desbloquear” uma RTX 4090 por IA.
Cinco décadas. Meio século transformando ideias em ferramentas, algoritmos em ambições, e janelas em portais para o mundo. Tudo começou com dois garotos (Bill e Paul), um teletipo emprestado, noites mal dormidas e a certeza de que dava pra reescrever o futuro com algumas linhas de código.
1975. Albuquerque. Um calor seco e um computador com cara de relíquia: o Altair 8800. Foi nele que nasceu o BASIC que daria origem à Micro-Soft — hifenizada, sim — uma empresa pequena, ambiciosa, com nome de laboratório escolar e planos de dominação global.
A Microsoft cresceu na ousadia e na precisão. Nasceu numa garagem e foi parar em praticamente todo lugar onde há uma tela. Foi ela que ajudou a colocar o computador no centro da vida moderna, empurrou o mundo rumo à internet, levou o escritório pra nuvem e agora, mais uma vez, aponta o caminho com inteligência artificial.
Cinco décadas depois, a empresa que moldou o presente quer redesenhar o futuro.
Divulgação/Microsoft
De uma garagem à nuvem: a história da Microsoft
Em 1975, quando Bill Gates e Paul Allen fundaram a Micro-Soft, o mundo da tecnologia era um terreno em construção. Computadores ocupavam salas inteiras, rodavam comandos cravados em teclas monocromáticas, e estavam longe de ser considerados itens pessoais. Foi assim que os dois amigos viram uma brecha. E onde o resto do mundo via hobby de engenheiro, eles enxergaram futuro.
A primeira aposta foi um interpretador da linguagem BASIC para o Altair 8800, um computador tão rudimentar quanto revolucionário. O sucesso do software abriu as portas para contratos maiores — e aí veio o ponto de virada: o acordo com a IBM, em 1980, para fornecer o sistema operacional dos primeiros PCs. Surgia o MS-DOS.
A partir dali, a Microsoft deixou de ser uma promessa para se tornar uma engrenagem central do novo mundo digital. Em 1985, o MS-DOS recebeu uma interface gráfica chamada Windows. Ainda básica, cheia de limitações, mas com potencial claro. O que viria depois colocaria a empresa em praticamente todos os lares e escritórios do planeta.
Nos anos 90, a Microsoft foi muito além do sistema operacional. Office, Word, Excel, PowerPoint — ferramentas que hoje parecem básicas, mas que na época reformularam o jeito como o mundo trabalhava.
Reprodução/CNET
Em 1995, com o lançamento do Windows 95, a empresa selou sua posição como referência tecnológica global. Teve fila em loja, capa de revista, Jay Leno no palco, trilha dos Rolling Stones. Tecnologia virando cultura pop.
Mas nem só de acertos vive uma gigante. O novo milênio trouxe desafios: concorrência pesada, processos antitruste, tentativas frustradas no mundo dos smartphones. Ainda assim, a Microsoft se reinventava. Veio a nuvem, com o Azure. Vieram os games, com o Xbox. Vieram os tablets e laptops próprios, com a linha Surface. E, mais recentemente, veio a virada mais ousada desde o início: inteligência artificial no centro de tudo.
Hoje, aos 50, a Microsoft é uma infraestrutura completa. Uma plataforma. Um ecossistema que integra produtividade, entretenimento, nuvem e, agora, inteligência que aprende com você.
Mas se tem algo que nunca mudou nesses cinquenta anos, é a visão que Bill Gates colocou lá no começo: tecnologia é ferramenta. E ferramenta, quando bem usada, transforma.
O jovem bilionário que jogava xadrez com gigantes
Bill Gates nunca pareceu preocupado em ser o mais carismático da sala. Ele era o mais atento. O mais calculista. O tipo de pessoa que lia manuais por diversão e dormia com ideias abertas como abas de navegador. Ainda muito jovem, ele entendeu que o jogo não estava só no código, mas nos contratos.
Quando a IBM decidiu entrar no mercado de computadores pessoais, lá no comecinho dos anos 80, procurava por alguém que fornecesse o sistema operacional do seu novo PC. A primeira opção era a Digital Research, mas a negociação emperrou. Foi aí que Bill viu a brecha.
A Microsoft não tinha um sistema operacional pronto. Mas Gates prometeu que entregaria. E entregou, comprando um software chamado QDOS (Quick and Dirty Operating System), por uma quantia modesta, adaptando e renomeando como MS-DOS. Simples, direto, esperto.
Reprodução/TIME
Mas a cartada genial não foi só comprar barato e revender. Foi manter, no contrato com a IBM, os direitos sobre o sistema operacional. Enquanto a IBM distribuía seus PCs com o MS-DOS embarcado, a Microsoft ficava livre pra licenciar o mesmo software para qualquer outro fabricante. Ou seja: em vez de apostar tudo num único cliente, Gates plantou a semente de um império.
Foi essa jogada — elegante, cirúrgica, quase invisível aos olhos de quem olhava de fora — que colocou o MS-DOS em praticamente todos os computadores pessoais daquela década. E que fez da Microsoft uma engrenagem obrigatória da revolução digital.
E aí veio Steve Jobs.
A Apple já tinha o Macintosh com sua interface gráfica revolucionária. Jobs mostrou o sistema pra Gates, achando que estava impressionando. De fato, estava. Gates gostou tanto que… bom, lançou o Windows.
Inspirado? Sim. Copiado? Também. Steve Jobs ficou furioso. Disse que a MS havia roubado a ideia. Bill respondeu com frieza cirúrgica: “Olha, Steve… acho que é como se nós dois tivéssemos um vizinho rico chamado Xerox. Eu entrei primeiro na casa pra roubar a TV e você ficou bravo porque eu roubei antes de você.”
Reprodução/ Marty Lederhandler para AP
Gates não inventou o computador pessoal. Mas entendeu antes de todo mundo como dominá-lo sem construir uma única máquina. E isso fez toda a diferença.
Do BASIC ao Copilot: os grandes marcos de uma trajetória implacável
1975 – Nasce a Micro-Soft
Bill Gates e Paul Allen fundam a empresa no dia 4 de abril de 1975, em Albuquerque, para desenvolver um interpretador BASIC para o Altair 8800. O começo de tudo. O nome ainda era escrito com hífen.
Reprodução/Deborah Feingold para Corbis
1980 – O contrato com a IBM
A IBM busca um sistema operacional para seu novo PC. Gates entrega o MS-DOS (baseado no QDOS) e licencia o software em vez de vender — um movimento que define o futuro da empresa.
Reprodução/AP
1985 – Estreia do Windows
No dia 20 de novembro, nasce o Windows 1.0. Ainda rudimentar, com janelas que nem se sobrepunham, mas já apontando para o futuro da interface gráfica.
Reprodução/Microsoft
1986 – Abertura de capital
Microsoft abre capital na bolsa. As ações são vendidas a US$ 21. Se você tivesse comprado uma única ação e reinvestido os dividendos, hoje teria uma pequena fortuna.
Reprodução/Keith Beaty/Toronto Star via Getty Images
1988 – Microsoft Office
É apresentado o pacote que uniria Word, Excel e PowerPoint. Seria lançado oficialmente em 1990 e viraria padrão no mundo dos negócios.
Reprodução/Microsoft
1990 – Windows 3.0
A versão que populariza de vez o Windows. Interface melhorada, suporte a multitarefa, jogos como Paciência e Campo Minado. Começa a era da produtividade (e da procrastinação).
Reprodução/Microsoft
1995 – O fenômeno Windows 95
Fila nas lojas, marketing milionário, Rolling Stones na trilha sonora. A estreia do menu Iniciar, do Windows Explorer, da barra de tarefas e da integração com a internet. Foram 40 milhões de cópias vendidas no primeiro ano.
Reprodução/Microsoft
1998 – Processo antitruste
O governo dos EUA acusa a Microsoft de monopólio por integrar o Internet Explorer ao Windows. A empresa quase foi dividida, mas se salvou após apelações e acordos.
Reprodução/ Douglas Graham/Congressional Quarterly via Getty Images
1999 e 2000 – Ballmer assume o comando
Steve Ballmer, amigo de Gates desde os tempos de Harvard, assume como CEO. Gates segue como arquiteto-chefe de software e presidente do conselho.
2001 – Estreia do Windows XP e do Xbox
XP se torna um dos sistemas mais amados da história. No mesmo ano, chega o Xbox, marcando a entrada da Microsoft no mundo dos games — com direito a Halo como título de estreia.
Reprodução/Microsoft
2007 – O tropeço do Vista
Windows Vista estreia com visual repaginado, mas sofre com lentidão, problemas de compatibilidade e uma enxurrada de críticas.
Reprodução/Microsoft
2009 – Estreia do Bing
Lançado em 3 de junho, o Bing foi a tentativa mais robusta da Microsoft de entrar na briga dos buscadores. Apesar de nunca ter ameaçado o domínio do Google, o Bing resistiu, evoluiu, e anos depois se tornaria a base do Copilot com a integração da IA generativa.
Reprodução/Microsoft
2009 – O acerto com o Windows 7
Leve, confiável e intuitivo. Depois do Vista, o Windows 7 foi recebido como um alívio. Rapidamente se tornou um dos sistemas mais populares já lançados.
Reprodução/Micorosft
2010 – O lançamento do Windows Phone
Com interface baseada nos famosos “Live Tiles”, o Windows Phone chegou como uma proposta ousada e visualmente inovadora. Apesar do charme e da fluidez, sofreu com a falta de apps e perdeu fôlego com o tempo. Foi oficialmente descontinuado em 2017, mas ainda é lembrado como um dos sistemas mais elegantes já lançados.
Reprodução/Microsoft
2010 – Azure ganha força
O serviço de nuvem da Microsoft é lançado oficialmente. Inicialmente discreto, com o tempo se torna um dos pilares da empresa, sustentando desde empresas até governos.
Reprodução/Microsoft
2011 – Compra do Skype
Por US$ 8,5 bilhões, a Microsoft leva o Skype e entra de cabeça no mercado de VOIP. A aposta parecia certeira, mas a plataforma perderia espaço para concorrentes anos depois.
Reprodução/Skype
2012 – Estreia da linha Surface
Microsoft apresenta seu primeiro tablet híbrido. Uma virada de chave: de software para hardware. Surface vira referência em design e performance.
Reprodução/Microsoft
2014 – Satya Nadella assume
Com um perfil mais calmo e voltado à inovação, Nadella inicia uma nova era. Aposta em nuvem, multiplataforma, inteligência artificial e reconquista a confiança do mercado.
Reprodução/Getty Images
2014 – Compra da Mojang (Minecraft)
Por US$ 2,5 bilhões, leva a criadora de Minecraft — não só um jogo, mas uma plataforma educacional, criativa e cultural.
Reprodução/Minecraft
2015 – Windows 10 e Cortana
Windows 10 marca o retorno do menu Iniciar e a unificação da plataforma entre dispositivos. Cortana é lançada como assistente digital, mas a relação com o público nunca decola.
Reprodução/Microsoft
2021 – Estreia do Windows 11
Novo visual, mais foco em produtividade e integração com a nuvem. Cortana sai de cena, e o sistema começa a abrir espaço para recursos de IA.
Reprodução/Microsoft
2023 – O início da era Copilot
A Microsoft coloca IA no centro da estratégia. Lança o Copilot, integrado ao Bing, Office, Windows e outras plataformas. A parceria com a OpenAI vira protagonista.
Reprodução/Microsoft
2024 – Copilot se espalha por todo o ecossistema
De Paint a PowerPoint, a IA generativa entra como assistente de produtividade, criatividade e automação. Microsoft se posiciona como protagonista da nova revolução digital.
2025 – Microsoft completa 50 anos
Comemorando cinco décadas de história, a empresa olha para o futuro com foco total em inteligência artificial, nuvem e personalização digital. O Copilot ganha status de plataforma. A revolução continua.
Os 10 produtos mais marcantes da história da Microsoft
10º lugar: Surface (linha de dispositivos)
Lançada em 2012, a linha Surface redefiniu o que se espera de um notebook ou tablet. Design refinado, hardware próprio, integração perfeita com o Windows. O Surface mostrou que a Microsoft também podia liderar no hardware — com um produto premium, criativo e funcional.
Reprodução/Microsoft
9º lugar: Skype
Antes do Zoom, do Teams, do Meet… tinha ele. O Skype colocou chamadas de vídeo no mapa, conectando pessoas no mundo todo muito antes da pandemia. A Microsoft comprou a plataforma por US$ 8,5 bilhões em 2011 — e mesmo que tenha perdido relevância depois, seu impacto é inegável.
REprodução/Skype
8º lugar: Windows 10
Depois do tropeço do Windows 8, a Microsoft reencontrou o caminho. O Windows 10 trouxe de volta o menu Iniciar, unificou plataformas e marcou uma nova era de atualizações contínuas. Foi o sistema que ajudou a transição para o modelo de software como serviço — e que segurou as pontas por quase uma década.
Reprodução/Microsoft
7º lugar: Windows XP
Visual simpático, estabilidade e longevidade. O XP marcou uma geração — e continuou firme nos PCs do mundo muito além do previsto. Sua tela “Bliss” virou ícone pop, e seu desempenho ajudou a consolidar a imagem da Microsoft como sinônimo de confiabilidade.
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6º lugar: Azure
A nuvem da Microsoft é o motor invisível por trás de milhares de empresas, governos e serviços digitais. Lançado no fim dos anos 2000, o Azure demorou pra engrenar — mas quando pegou, virou um dos pilares da companhia e da nova era digital.
5º lugar: Copilot
O copiloto digital que surgiu com a promessa de transformar o jeito como a gente trabalha. Integrado ao Bing, Windows, Office e mais, o Copilot não é só uma IA: é a aposta da Microsoft para os próximos 50 anos. O começo ainda é recente, mas o impacto já é estrutural.
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4º lugar: Xbox (linha de consoles)
Desde 2001, o Xbox é o símbolo da Microsoft no entretenimento. Criou ícones como Halo, reinventou o multiplayer com Xbox Live e consolidou a ideia de um ecossistema gamer. O Game Pass, hoje, é referência mundial. Uma aposta ousada que virou legado.
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🥉 3º lugar: Microsoft Office
Word, Excel, PowerPoint. A santíssima trindade da produtividade digital. Surgiu no Mac em 1989, virou padrão no Windows e dominou o planeta. Se você já escreveu, calculou ou apresentou algo na vida, provavelmente usou o Office. Mais do que software: hábito.
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🥈 2º lugar: MS-DOS
Antes das janelas, vieram os comandos. O MS-DOS foi o alicerce. E mais do que um sistema, foi uma jogada de mestre nos bastidores: Gates licenciou, não vendeu, mantendo os direitos de distribuição. Um movimento simples que rendeu bilhões e consolidou a base do império.
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🥇 1º lugar: Windows 95
O auge da Microsoft nos anos 90. Fila nas lojas, campanha de US$ 300 milhões, menu Iniciar, integração com a internet e a consolidação do Windows como sistema dominante. O Windows 95 mudou o jeito de usar computador e definiu o que é usar um computador até hoje.
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O peso de meio trilhão de linhas de código
Hoje, a Microsoft é uma das maiores forças econômicas do planeta. Seu valor de mercado ultrapassa US$ 3,1 trilhões, ocupando o topo entre as companhias mais valiosas do mundo. Isso significa que, sozinha, ela vale mais do que o PIB inteiro de países como França, Reino Unido ou Brasil.
Desde o início da década de 2020, impulsionada pelo crescimento de Azure, Office 365 e mais recentemente pelas apostas certeiras em inteligência artificial com o Copilot, a empresa se firmou como líder do mercado tech global, disputando de igual pra igual com gigantes como Apple e NVIDIA.
Onde a Microsoft se posiciona hoje
ranking global
empresa
valor de mercado (abril de 2025)
1º
Microsoft
US$ 3,1 trilhões
2º
Apple
US$ 2,9 trilhões
3º
NVIDIA
US$ 2,2 trilhões
4º
Saudi Aramco
US$ 2,0 trilhões
5º
Alphabet (Google)
US$ 1,9 trilhões
Fonte: Bloomberg, abril de 2025. Valores aproximados.
O que sustenta esse trono? Um ecossistema consolidado, contratos robustos com governos e corporações, inovação constante e uma visão agressiva em IA. E claro, um histórico de decisões estratégicas que mudaram o jogo.
E os homens por trás do império?
É impossível falar da Microsoft sem citar os bilionários que a tornaram realidade — nomes que moldaram o Vale do Silício e que, até hoje, figuram entre os mais ricos do planeta.
Bill Gates: cofundador, ex-CEO e arquiteto-chefe por décadas. Mesmo tendo se afastado da operação direta, ainda possui ações e influência histórica. Em abril de 2025, seu patrimônio pessoal gira em torno de US$ 125 bilhões, o que o coloca entre os 5 mais ricos do mundo, mesmo após décadas de doações bilionárias à filantropia.
Steve Ballmer: ex-CEO e responsável por comandar a Microsoft na era do Windows XP, do Xbox e das primeiras grandes aquisições. Seu patrimônio ultrapassa US$ 120 bilhões, impulsionado pela valorização de ações que manteve após sua saída. É o maior acionista individual da Microsoft hoje.
Satya Nadella: atual CEO, o homem que reposicionou a empresa na nuvem e na inteligência artificial. Apesar de ter um perfil mais discreto, já acumula um patrimônio estimado em centenas de milhões de dólares — e um capital simbólico gigante no mercado, pela transformação que lidera desde 2014.
Esses três nomes (Gates, Ballmer e Nadella) formam a tríade que, cada um a seu modo, moldou 50 anos de Microsoft. Do quarto apertado em Albuquerque ao topo do planeta.
50 anos de história, um evento mirando os próximos 50
Neste último dia 4 de abril de 2025, a Microsoft não só celebrou meio século de existência, ela celebrou o começo de uma nova era. Diretamente de sua sede em Redmond, um evento interno marcou os 50 anos da companhia também serviu como palco para um reposicionamento: a era da inteligência artificial personalizada, integrada e em tempo real.
Com Satya Nadella no comando e figuras como Mustafa Suleyman, CEO da divisão de IA, no centro dos anúncios, a empresa revelou novas funcionalidades do Copilot, além de dar pistas sobre os próximos saltos estratégicos. A grande expectativa gira em torno dos modelos próprios de inteligência artificial da Microsoft, os chamados MAI (Microsoft AI) — um projeto interno que pode, no futuro, substituir os modelos da OpenAI no coração do Copilot.
Reprodução/Microsoft
O evento foi simbólico. Um ciclo se fecha: o da Microsoft que se consolidou com sistemas operacionais e suítes de escritório. E um novo ciclo começa: mais fluido, mais invisível, mais assistivo. Onde o Copilot agora é uma camada constante da experiência digital.
O discurso no palco foi claro: a Microsoft quer liderar a construção de agentes inteligentes personalizados, que entendem contexto, linguagem, rotina e preferências — e que podem se tornar assistentes digitais reais, prontos para agir, sugerir e até criar por você.
Mas não foi um evento isento de tensão…. Uma funcionária da área de IA interrompeu a celebração com um protesto público contra contratos militares e o uso de inteligência artificial em contextos de guerra. Um lembrete de que, mesmo no topo, a Microsoft continua no centro de debates éticos profundos. Tecnologia, afinal, nunca é neutra.
Entre aplausos, lançamentos e ruídos, uma coisa ficou evidente: a Microsoft dos próximos 50 anos será moldada ainda por decisões humanas — estratégicas, políticas e éticas.
Por último, seria leviano fingir que é possível resumir tudo o que a Microsoft representa em apenas um texto. São cinquenta anos moldando o mundo digital, influenciando a forma como vivemos, trabalhamos, nos comunicamos e criamos.
Mas aqui, tentamos captar o essencial: as decisões ousadas, os produtos que mudaram tudo e as pessoas por trás dessa revolução. Aos 50 anos, a Microsoft continua com fôlego de empresa jovem, com apetite por inovação e visão de futuro. Se as últimas décadas foram sobre digitalizar o mundo, as próximas prometem ser sobre dar inteligência a ele.
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